Sobre o curso: 
A psicanálise foi a pioneira no que diz respeito a psicoterapia de crianças e uma das coisas que colocava os próprios psicanalistas em dúvida, era se uma criança poderia associar livremente. Sem isso, segundo o que Sigmund Freud orientou, não haveria uma verdadeira psicanálise. Mesmo com o tratamento do pequeno Hans ou do caso de Hermine Hug-Hellmuth, que são considerados os primeiros casos da psicanálise com crianças, foi Melanie Klein quem afirmou ser possível uma associação livre através do brincar. 

 

Ao longo da tempo, a psicanálise e a psicologia foram utilizando o brincar como meio de expressão da criança no setting terapêutico, e colhido os frutos dessa técnica. Contudo, é importante notar os excessos que podem ocorrer no ato de brincar entre a criança e seu terapeuta. 

 

Na clínica não se pode fazer tudo, mesmo que tenha por meta o brincar. Isso era o que já nos orientava Françoise Dolto quando afirmava que uma criança não vai a análise tão somente para brincar. Ela vai, acima de tudo, para falar de seu sofrimento. O brincar nunca deve ser, dentro do espaço clínico, a meta. Ele deve ser um meio. Meio para qual a criança possa falar de si, falar do que sente e de como percebe seu mundo interno e seu ambiente. 

 

O analista ou o terapeuta, podem perder-se pela via do brincar sem se darem conta disso. O que só atrapalhará o processo terapêutico da criança em tratamento. 

 

Haveria então um meio de entender quando isso acontece? Quais são os fundamentos dessa técnica? Até onde o que se faz na clínica é brincadeira ou beira a algazarra? Sendo o brincar um ato projetivo, como a terapeuta pode abster-se de se projetar enquanto a criança brinca?

 

Neste curso, a psicanalista Luciana Pires nos falará a partir de sua experiência clínica e teórica sobre como o brincar pode ser utilizado na clínica sem tantos riscos ao tratamento da criança e servindo ao propósito ao qual ele foi criado: possibilitar que a criança se projete, que fale, que associe e possa encontrar o seu verdadeiro desejo enquanto sujeito linguageiro e desejante. 
 
Curso Gravado, com 3h de duração. 

Disponível até Dezembro de 2023

 

Depoimentos

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Docente

Psicanalista, com especialização pela Tavistock Clinic, doutora pelo Instituto de Psicologia da USP, autora do livro "Do silêncio ao eco: autismo e clínica psicanalítica", coordenadora de grupos de estudos em psicanálise e supervisora do sustentar do Instituto Sedes Sapientae.
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Luciana Pires


Facilitador

Psicólogo Clínico (CRP-11/17198), Acompanhante terapêutico, Capacitação em Intervenção Precoce - PROCIP. Desde 2019 tem realizado grupo de estudos sobre a teoria de Françoise Dolto, organizando cursos e palestras voltadas à psicanálise com crianças. Moderador e editor do site e instagram da psicanalista Marie-Christine Laznik, criador do perfil Estante Psicanalítica.
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Luis Carlos César Batista

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ei psi, você conhece o projeto casa?

O Projeto Casa é uma iniciativa que nasceu na Estante Psicanalítica e tem como objetivo proporcionar atividades que contribuam na formação de psicólogas, psicólogos, psicanalistas e educadores. A base do Projeto Casa é a psicanálise e grande parte de suas atividades (cursos, oficinas, aulas e grupos de estudos) são voltadas a prática clínica com crianças e adolescentes. 

Os membros do Projeto pagam o valor ANUAL de R$597,00 e tem acesso a TODAS as atividades e suas respectivas gravações até Janeiro de 2024. 


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